João Pessoa - Número Zero - Dezembro de 1999
Axé: a força vital do Candomblé e o mundo dinâmico da Física moderna
Se o pensamento científico pretende descrever e explicar a realidade, é forçado a usar seu método geral, que é o da classificação e da sistematização. A vida é dividida em províncias separadas que são claramente distinguidas umas das outras. Os limites entre os reinos das plantas, dos animais, do homem - as diferenças entre espécies, famílias, gêneros - são fundamentais e indeléveis. Mas a mente primitiva as ignora e as rejeita. Sua visão da vida é sintética, e não analítica. A vida não é dividida em classes e subclasses. É sentida como um todo contínuo e ininterrupto que não admite distinções nítidas e claras.(...) Se existe algum aspecto característico e destacado do mundo místico, qualquer lei que o governe, é a lei da metamorfose. Mesmo assim, dificilmente poderíamos explicar a instabilidade do mundo mítico pela incapacidade do homem primitivo para apreender as diferenças empíricas das coisas. Quanto a isso, o selvagem muitas vezes prova a sua superioridade em relação ao mundo civilizado. É suscetível a muitos aspectos distintivos que escapam à nossa atenção.
Ernest Cassirer, Ensaio sobre o homem.
O atual avanço das Ciências e da Filosofia tem ocasionado uma nova visão do mundo, aproximando ou religando o homem à natureza. Ao contrário do que se propunha anteriormente, não se fala hoje em homem dominando a natureza através do desenvolvimento científico, mas interagindo com ela. Nas palavras de Ilya Prigogine e Isabelle Stengers "A ciência é um jogo arriscado, mas parece ter descoberto questões às quais a natureza responde de maneira coerente, uma linguagem teórica pela qual inúmeros processos se deixam decifrar. Esse sucesso da ciência moderna constitui um fato histórico; não predizível a priori, mas incontornável desde que ocorreu, a partir do momento em que, no seio duma dada cultura, esse tipo particular de questão passou a desempenhar o papel de chave de decifração. Logo que tal ponto foi atingido, deu-se uma transformação sem retorno das nossas relações com a natureza que produziu o sucesso da ciência moderna. Nesse sentido pode-se falar de revolução científica" (2).
Outra relação que mudou com essa "revolução científica" foi a da ciência com a religião. Com a crise dos antigos paradigmas científicos, boa parte dos pesquisadores tem se dedicado a fazer releituras de religiões e do próprio sentimento religioso ou religiosidade. O que se deu então foi uma interpretação tida como esotérica ou pseudo-científica por parte dos positivistas ou iluministas. Seja na Filosofia, na Biologia, na Física, na Psicologia, nas Ciências Sociais - as principais afluentes -, o que se buscou foi romper com o paradigma cartesiano-newtoniano extremamente determinista.
Este artigo tem como inspiração um dos livros mais conhecidos e discutidos dessa nova safra de obras científicas, O Tao da Física, de Fritjof Capra. Nele, Capra faz um paralelo entre o mundo visto pela ótica do misticismo oriental e a Física moderna. Para ele, o avanço da Física Quântica e da Física Relativística levou a uma aproximação entre o pensamento científico e o pensamento místico-religioso.
A exemplo de Capra, faremos um paralelo, este sendo entre a visão do mundo da Física moderna e a dos adeptos do Candomblé. Pretendemos mostrar que o Candomblé, como culto aos Orixás, as "personificações das forças da natureza" (3), que tem no termo Axé a designação da força vital presente em todos os seres, acha-se em consenso com os novos paradigmas científicos.
Um aspecto fundamental da visão moderna da Física é o caráter dinâmico que toma o universo, não mais dividido em partes sólidas isoladas, mas sim tido como uma teia de interconexões. "No nível subatômico, os objetos materiais sólidos da Física clássica dissolvem-se em padrões de probabilidade semelhantes a ondas; esses padrões, em última instância, não representam probabilidades de coisa, mas, sim, probabilidades de interconexões.[...] A teoria quântica revela, assim, uma unidade básica no universo" (4). Os físicos quânticos em seus estudos subatômicos chegaram à conclusão de que não podemos falar de unidades fundamentais do cosmos. As partículas subatômicas, segundo a Física Quântica, são também ondas de energia. Não é possível se afirmar exatamente onde está uma partícula subatômica, trabalha-se nesse nível com probabilidades de localização, quanto mais reduzido o espaço para verificação, mais rapidamente ela se movimentará para os lados. O que no mundo macroscópico vemos como estático, ou "inerte", usando um termo da física newtoniana, é, no nível subatômico, uma incessante interação entre partículas, ou melhor, interação energética entre partículas. As partículas, portanto, só podem ser pensadas como participantes desse processo e não isoladamente como unidades independentes.
Dessa forma o "mundo quântico" descrito por Capra assemelha-se com o "mundo sagrado" na concepção de Mircea Eliade. "Se ampliarmos um pedaço 'morto' de pedra ou de metal, veremos que este se encontra cheio de atividade. Quanto mais próxima é nossa observação, mais viva se apresenta a matéria" (5). "O Cosmos é ao mesmo tempo um organismo real, vivo e sagrado: revela as modalidades do Ser e da sacralidade" (6).
A visão atual da ciência do "mundo dinâmico" deve muito também à descoberta por parte dos físicos relativísticos da equivalência entre os conceitos de massa e energia. A famosíssima equação E=mc2 expressa a igualdade da energia contida numa partícula em relação à massa da partícula multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Tal fórmula pôde ser comprovada nos estudos com colisão de partículas subatômicas, quando a energia contida na massa das partículas pode ser transformada em energia cinética e esta, por sua vez, pôde ser transformada em massa de novas partículas. "A teoria da relatividade demonstrou que a massa nada tem a ver com substância, sendo, isso sim, uma forma de energia. A energia, entretanto, é uma quantidade dinâmica associada com a atividade, ou com processos" (7). As partículas passaram a ser tratadas a partir de então como "pacotes de energia" denominados quanta e, mais tarde, fótons.
Essa teoria da Física moderna, da energia como princípio vital do universo, já era uma idéia presente não só na filosofia oriental, como mostra Capra, mas também nas demais tradições religiosas. Notamos então que o conceito de Tao para os taoístas, Brahman para os hindus, de Dharmakaya ou Tathata para os budistas assemelha-se com o conceito de Axé no Candomblé. Assim podemos muito bem juntar à descrição de um místico oriental, "As coisas recebem seu ser e sua natureza por dependência mútua e, em si mesmas, elas nada são" (8); a de um físico moderno, "O mundo afigura-se assim como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam ou se sobrepõem, ou se combinam, determinando, assim, a textura do todo" (9); e as de estudiosos do Candomblé, "Esta fuerza no es inmóvil. Por el contrario, sólo es si es transmitida: 'axé necesita axé' es el principio del sistema que ordena la circularidad de la potencia mística por todos los seres, vegetales, agua, miel, sangre, hombres, dioses. La propria universalidad del axé, además, rechaza toda personalización. Esta fuerza escapa a cualquier individualidad. Es del dominio de lo contínuo, una fuerza indiferenciada que unifica y homogeneiza al mundo" (10), "a força não é um atributo do ser, mas o próprio ser, encarado numa perspectiva dinâmica (e não estática, tal como se dá na ontologia judaico-cristã): o mundo não é; o mundo se faz, acontece" (11). Seja na Física moderna, no misticismo oriental ou no Candomblé, o universo tem como unidade básica fundadora "energia". Energia em contínua interação e interligação como processo mesmo de realização.
O filho-de-santo a partir da sua iniciação no Candomblé tem contato com esta energia, quando ele entra no mundo do Axé. É na iniciação que se dá o primeiro passo na doutrinação iorubá, a "feitura no santo". Nesse momento o filho-de-santo conhece os seres que criaram e que comandam o mundo encantado e o mundo material, aqueles que vão cuidar dos seus filhos e que por eles também serão servidos e cultuados para manutenção do Axé. Ele descobre qual o seu santo, pela primeira vez ele é "cavalo" do Orixá, isto é, ele tem a sua primeira e fundamental experiência no Candomblé, ele é possuído pelo seu Orixá.
Axé não pode, no entanto, ser pensado como algo doado pelos Orixás ao filho-de-santo ou vice-versa. Os Orixás são considerados ancestrais detentores de Axé que se valeram dessa força geradora para criar o mundo. Na organização contemporânea eles necessitam, no entanto, do fortalecimento e da manutenção da energia. O Axé depende diretamente da relação entre o que é oferecido pelo filho (alimentos, animais sacrificados, obrigações, etc.) e como esse tem os seus objetivos satisfeitos mediante proteção, aconselhamento, cura ou qualquer tipo de intervenção do Orixá que demonstre poder.
O equilíbrio energético que se mantém com a dinâmica interação entre dois pólos, assim como é visualizado com o símbolo chinês do yin e yang, no Candomblé se efetiva na relação filho de santo e Orixá. A possessão é de fundamental importância nessa interação energética. Aos olhos do povo de santo é nesse processo que se encontram os dois pólos interagindo no mundo material. Se, por um lado, o Orixá como personificação das forças agentes no mundo tem o seu Axé, ele é abstrato, não pode ser visualizado e, portanto, cultuado; ele não concretiza-se sem o seu filho. Torna-se imprescindível uma complementaridade material, o elegun ou "cavalo do santo". O filho tem para si o seu santo particular, que só "nasce" quando incorporado. Não se ouve de um filho de santo que ele foi possuído por "Xangô" ou "Iemanjá", mas por "seu Xangô" ou por "sua Iemanjá", aquele que só veio ao mundo porque o tem como elegun. É o que afirma Rira Laura Segato, no livro Santos e Daimones, "Assim, o Orixá que manifesta na possessão interagindo com os seres humanos não é entendido como o Orixá abstrato, mas como uma de suas infinitas instâncias, que somente existe na e através da pessoa concreta de um filho" (12).
Se no Candomblé a interação do concreto (filho-de-santo) e do abstrato (Orixá) dá o equilíbrio dinâmico do Axé, os físicos têm unificado conceitos aparentemente independentes ou até mesmo contraditórios. Partícula e onda, espaço e tempo, existência e não-existência e vazio e forma são termos não mais vistos na qualidade de antíteses. Na nova realidade quântica-relativística eles são unidos não só nos conceitos de quantum ou fóton, mas também em termos como espaço-tempo quadridimensional e campo quantizado.
Como visto acima, o quantum ou fóton apresenta-se sob a forma de onda ou de partícula. A Eletrodinâmica quântica entende que, por se tratar de uma onda, o fóton é um campo vibratório, logo, o fóton como uma onda eletromagnética é um campo eletromagnético; temos assim o campo quantizado. Com a teoria do campo quantizado, os físicos chegaram à conclusão de que não há vazio ou matéria no universo. "O campo quantizado é concebido como entidade física fundamental, um meio contínuo que está presente em todos os pontos do espaço" (13). A concentração de energia em determinados espaços do campo é verdadeiramente o que entendemos por partícula. Segundo Einstein, "podemos então considerar a matéria como constituída por regiões do espaço nas quais o campo é extremamente intenso.[...] Não há lugar nesse novo tipo de Física para campo e matéria, pois o campo é a única realidade" (14). A Eletrodinâmica quântica forneceu dessa forma uma prova a mais da correlação entre matéria e energia na definição do espaço em que vivemos.
Para entendermos o conceito de mundo quadridimensional nos guiemos uma vez mais pelas palavras de Capra: "o mundo quadridimensional da Física relativística é o mundo onde a força e a matéria acham-se unificadas, onde a matéria pode aparecer como partículas descontínuas ou como um campo contínuo" (15). Albert Einstein provou que, sabendo-se que os eventos não ocorrem no mesmo instante em que são observados, tanto a posição em que se encontra o observador em relação ao evento como (supondo um possível deslocamento à velocidade da luz) a velocidade do observador são determinantes na percepção do fato. Imaginando dois observadores, um parado em relação ao evento e outro se movendo a uma velocidade próxima à da luz, o evento ocorrerá diferentemente para um e para outro. "Não é possível, portanto, falar-se acerca do 'universo num dado instante' de maneira absoluta; o espaço absoluto independente do observador não existe" (16). Com isso, não só o tempo, mas também o espaço torna-se relativo. "A teoria da relatividade mostrou que o espaço não é tridimensional e que o tempo não é uma entidade isolada. Ambos se acham íntima e inseparavelmente conectados e formam um continuum quadridimensional denominado 'espaço-tempo' " (17).
N'O Tao da Física, Capra se utiliza de diagramas de espaço-tempo onde são retratadas a criação e a destruição de partículas para exemplificar e facilitar o entendimento da teoria relativística. A colisão entre elétrons e fótons no espaço é visualizado com o eixo do tempo de baixo para cima e o espaço da esquerda para a direita. Como para cada partícula existe uma antipartícula, o evento que se refere à partícula entende-se que ocorra do passado para o futuro, ou seja, é lido de baixo para cima, nosso tempo convencional. Já com relação à antipartícula lê-se de cima para baixo, ocorreria deste modo do futuro para o passado. "Uma vez que todas as partículas podem se deslocar para a frente e para trás no tempo - assim como elas podem se deslocar para a esquerda e para a direita no espaço -, não faz sentido impor um fluxo unilateral de tempo nos diagramas. Estes são apenas mapas quadridimensionais traçados no espaço-tempo, de tal sorte que não podemos falar de qualquer seqüência temporal" (18). Os físicos conseguiram assim transcender os conceitos de tempo e espaço, esses não são mais verdades supremas, eles superaram, a exemplo dos místicos, o tempo ordinário, como diz Eliade, "tal como o espaço, o tempo não é, para o homem religioso, nem homogêneo nem contínuo[...] o tempo sagrado é por sua própria natureza reversível" (19).
Uma outra característica notável é a importância que adquire o observador nessa nova teoria física. Ele não é mais tratado como algo à parte no evento, mas, ao contrário, como uma peça chave para a determinação deste. O observador-participante na ótica da física relativística tem uma característica que o assemelha ao filho de santo: a "iniciação". É necessário uma iniciação nas doutrinas da física para que se possa reconhecer tal fenômeno. "Os físicos podem 'vivenciar' o mundo quadridimensional do espaço-tempo através do formalismo matemático abstrato de suas teorias; sua imaginação visual - como a de todos nós -, contudo, acha-se limitada pelo mundo tridimensional dos sentidos" (20). De tal forma que, assim como apenas o iniciado no Candomblé sente a irradiação do seu Orixá, só alguém com conhecimento da simbologia físico-matemática pode experimentar a quadridimensionalidade.
A revolução no pensamento científico e filosófico ocidental se fez notar com a crise dos antigos modelos. A base de todos os estudos naturais e sociais havia sido implodida, o objetivismo e suas certezas foram postos em cheque. O distanciamento dessa nova ciência da ética judaico-cristã é facilmente perceptível nas palavras de Prigogine e Stengers sobre o modelo cartesiano-newtoniano: "O homem da ciência, já representado como um asceta, transforma-se numa espécie de mago, detentor potencial de uma chave universal e, portanto, de um saber todo-poderoso. Voltamos aqui a um tema já abordado: é somente num mundo simples, e singularmente no mundo da ciência clássica, onde a complexidade é apenas aparente, que um saber, qualquer que seja ele, pode constituir uma chave universal" (21).
Com isso advém uma maneira de pensar holística. O fruto dessa revolução veio na forma de uma nova hipótese: a bootstrap. Veremos agora como o Candomblé está bem mais próximo dessa filosofia do que do modelo cartesiano e das suas influências na Ciência Ocidental.
Segundo a explicação de Capra, "a hipótese bootstrap não apenas nega a existência de componentes fundamentais da matéria como rejeita quaisquer entidades fundamentais -leis, equações ou princípios fundamentais -, abandonando, dessa forma, outra idéia que, durante centenas de anos, constituiu uma parte essencial da ciência natural.(...) Nenhuma das propriedades de qualquer parte dessa teia é fundamental; todas decorrem das propriedades das outras partes, e a consistência global de suas inter-relações mútuas determina a estrutura de toda a teia" (22). As palavras de Fernando Giobellina Brumana deixam bem explícita a semelhança com o Candomblé: "los santos sólo pueden brindar fuerza mística si ellos, a su vez, la reciben mediante las ofrendas. El axé no es producto ni efecto de las entidades místicas; es una instancia autónoma sobre cuya creación u origen el culto no necesita manifestarse. Es la propria fuerza de la Natureza, que no le viene de lugar alguno, sino de sí misma, y si el hombre la posée, es en su condición de ser natural" (23). Ou como afirma Muniz Sodré, "nessa ontologia, todo e qualquer ser - animal, vegetal, mineral, humano - é dotado de uma certa força.(...)Diferentemente da metafísica ocidental de inspiração judaico-cristã, que entende o ser como estático, como 'aquilo que é', o pensamento banto equipara ser a força" (24). Tem-se assim a força espalhada por todo o cosmos, em todos os seres, em tudo há "vida", há força, não como doação ou benção de um ente supremo, mas como uma força em "si mesma", cultivada na interação homem - natureza, ou mais especificamente, força do homem - força da natureza. Na filosofia bootstrap e no Candomblé não há espaço para o fundamentalismo, o universo é o resultado de um diálogo entre partes "autoconsistentes". O Axé está nas partes, ou seja, no filho de santo e no Orixá, mas somente quando estão relacionando-se, interagindo.
Concluindo pode-se ver que, seja no discurso dos "novos paradigmas", seja no discurso de uma "religião primitiva", a explicação cartesiana-newtoniana - ou judaico-cristã - do mundo não é suficiente. Uma nova forma de pensar (voltada para o reencontro do homem com a natureza) busca reparar os erros dos que viam na subordinação da natureza ao homem, o objetivo mesmo da racionalidade. Nesse momento, Orixás, Babalorixás, Ialorixás, filhos-de-santo, físicos, químicos e filósofos se unem para lembrar que o homem, além de racional, cultural é também biológico, natural.
Notas
1) Aluno do Curso de Comunicação Social - DECOM - UFPb.
2) PRIGOGINE, Ilya & STENGERS, Isabelle. A nova aliança, Brasília, UnB, 1997, p. 9.
3) BENISTE, José. Òrun Àiyé -O Encontro de Dois Mundos, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p. 79.
4) CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. São Paulo, Cultrix, 1991, p. 58.
5) CAPRA, Op. Cit., p. 150.
6) ELIADE, Mircea, O Sagrado e o Profano, São Paulo, Martins Fontes, 1996, p. 100.
7) CAPRA, Op. Cit., p. 65.
8) NAGARJUNA, cit. In: CAPRA, Op. Cit., p. 109.
9) HEISENBERG, Werner. Physics and Phylosophy, Nova York, Harper Torchbooks, 1958, cit. In: CAPRA, Op. Cit., p. 109.
10) BRUMANA, Fernando Giobellina. Las Formas de los Dioses, Cádiz, Universidad de Cádiz, 1994, p. 410.
11) SODRÉ, Muniz. O Terreiro e a Cidade, Petrópolis, Vozes, 1988, p. 86.
12) SEGATO, Rita Laura. Santos e Daimones, Brasília, UnB, 1995, p. 98.
13) CAPRA, Op. Cit., p. 160.
14) EINSTEIN, Albert. Cit. In: CAPRA, Op. Cit., p. 160.
15) CAPRA, Op. Cit., p. 117.
16) CAPRA, Op. Cit., p. 129-130.
17) CAPRA, Op. Cit., p. 131.
18) CAPRA, Op. Cit., p. 144.
19) ELIADE, Op. Cit., p. 63.
20) CAPRA, Op. Cit., p. 117.
21) PRIGOGINE & STENGERS, Op. Cit., p. 13.
22) CAPRA, Op. Cit., p. 214.
23) BRUMANA, Op. Cit., p. 410.
24) SODRÉ, Op. Cit., p. 86.
Luis Gustavo P. S. Correia
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